domingo, 22 de janeiro de 2012

A Educação pela Pedra


de João de Cabral de Melo Neto


Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, freqüentá-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de poética, sua carnadura concreta;
a de economia, seu adensar-se compacta:
lições da pedra (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem soletrá-la. 



Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
e se lecionasse, não ensinaria nada;
lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
uma pedra de nascença, entranha a alma. 

A Equipe Espaço Aprender deseja que neste ano de 2012 haja muitas conquistas e realizações nas muitas famílias  que procuram a clínica, este é o trabalho que nos engrandece, apresentar as famílias que nos procuram que seus filhos com o apoio e orientação especializada poderão obter muitas conquistas.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Discalculia - Transtorno da Matemática


Discalculia é considerado um dos transtornos específicos das habilidades escolares. 
O transtorno da aritmética ou matemática, conhecido como Discalculia, é um problema causado por má formação neurológica, que se manifesta como uma dificuldade do educando em realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los em seqüência. 
Na pré-escola é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder ás relações matemáticas propostas - como igual e diferente, pequeno e grande.  Mas  nesta idade é cedo para um diagnóstico preciso. Somente partir dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis. 
Segundo Garcia (1998, p. 213) a discalculia é classificada em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos de aprendizagem:
  • Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
  • Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
  • Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de simbolos matemáticos.
  • Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
  • Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
  • Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.
É importante advertir que o distúrbio neurológico que provoca  a Discalculia não causa deficiências. 
O discalcúlico necessita da compreensão de todas os individuos, pois depara com muitas  dificuldades nos acontecimentos que são inconfundíveis.


domingo, 18 de setembro de 2011

O jogo no atendimento psicopedagógico






A criança que brinca está desenvolvendo sua linguagem oral, seu pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, construindo conceitos de relações de conservação, classificação, seriação, aptidões visuo-espaciais e muitas outras. (ANTUNES, 2003, p.19)


Através dos jogos a criança pode reviver suas alegrias, seus medos, seus conflitos, resolvendo-as a sua maneira e transformando sua realidade naquilo que desejam, internalizam regras de conduta e valores que orientarão seu comportamento, com uma proposta criativa e recreativa de caráter físico, mental e social. 

Ao brincar, a criança explora tudo o que pode naquele que lhe é oferecido, questionando ou entrevistando e buscando o que está vivenciando, explorando ao máximo, desenvolvendo-se psicologicamente e socialmente. 


Segundo PIAGET (In. MOYLES, 2002), o brincar representa uma fase no desenvolvimento da inteligência, marcada pelo domínio da assimilação sobre a acomodação, tendo como função consolidar a experiência passada.

No enfoque psicopedagógico, o processo de aprendizagem da criança é compreendido como um processo abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais, econômicos, políticos. É fundamental que o processo do atendimento psicopedagógico seja baseado na construção do conhecimento e do saber por parte da criança através dos jogos.Através dos jogos o psicopedagogo pode observar o modo como o paciente manifesta sua criatividade, orientando o diagnóstico e a intervenção das dificuldades de aprendizagem.

O profissional percebe a forma como a criança reage ao objeto, ao brinquedo, porque tal reação não é simplesmente um produto do processo da sua interação com o objeto no momento, mas um produto de sua história pessoal e social. Desta maneira, o atendimento psicopedagógico propicia uma forma mais aprofundada de se trabalhar com a criança, levando e consideração às necessidades específicas de cada um, privilegiando a escuta do que está realmente acontecendo naquele momento. 

Jogos e brincadeiras não são somente divertimento ou recreação; são atividade naturais, que satisfazem as necessidades humanas. As crianças, muitas vezes, aprendem mais por meio dos jogos do que por métodos tradicionais. 

Num trabalho psicopedagógico, o jogo tem papel fundamental, pois integra outras áreas de desenvolvimento e aprendizagem infantil.


domingo, 21 de agosto de 2011

Ansiedade ...o que é?

A palavra ansiedade tem origem do termo grego anshein, que significa "estrangular, sufocar, oprimir" .

A ansiedade vem se configurando como um dos grandes problemas de nossos tempos. Vida agitada, pressão e stress somam-se gerando esta doença que tanto prejudica a qualidade de nossas vidas. É um mal da nossa sociedade moderna. Tentamos viver no futuro todo o tempo, sem conseguir. Queremos planejar, arquitetar, adivinhar e determinar um futuro que é incontrolável.
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo.
A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. “Mente acelerada é mente desequilibrada”
A linha que separa a ansiedade normal da exagerada varia de um indivíduo para o outro. Devemos ligar nosso radar quando esse jeito de ser - aflito, nervoso e inquieto - começa a trazer prejuízos à vida. "O contato com o novo e situações em que a pessoa se sinta julgada, avaliada ou pressionada demais podem desencadear crises de ansiedade”.

domingo, 17 de julho de 2011

SEXUALIDADE...COMO ABORDAR ESTE TEMA COM NOSSOS FILHOS?

A sexualidade humana é um fenômeno complexo que tem sido interesse de vários pesquisadores em diferentes abordagens teóricas. 
Sexualidade e Sexo são fenômenos culturais na medida em que expressam as relações sociais e políticas que inevitavelmente medeiam o modo como as pessoas experienciam seus corpos, prazeres e desejos, incluindo o fato de que tais experiências são construídas em relação a determinadas idéias normativas (MOTTIER, 2008). Sexualidade não é um fenômeno exclusivamente biológico e não pode mais ser compreendida como um artefato apenas natural, pois, os animais fazem sexo, a partir de um impulso instintivo e inato, para a reprodução. Nós humanos, entretanto, vivemos o sexo na nossa sexualidade e, portanto, ele é uma questão cultural. Isto é, na medida em que os homens vivem numa sociedade, a sexualidade tem representações, simbolismos; ela torna-se um fato cultural e histórico. As crenças e os valores relativos à sexualidade variam segundo a cultura e o momento histórico (MAIA, 2006, p.9).
Foi Sigmund Freud quem, primeiramente, inseriu a noção de sexualidade num contexto diferente de sexo, quando deu à palavra sexualidade o sentido, de pulsão, libido, inerente a todo ser humano, desde o seu nascimento, ainda que sua gratificação  estivesse vinculada a zonas erógenas distintas ao longo do desenvolvimento: as fases oral, anal, fálica e a fase genital indicam as diferentes formas pelas quais a pulsão sexual se manifesta, culminando, na vida adulta, na reorganização do desenvolvimento psicossexual de acordo com as vicissitudes do desejo. 
Para Freud, portanto, a sexualidade tinha como base uma força pulsional que orientava fundamentalmente a estruturação da personalidade, o que significa que não deveríamos mais confundir sexualidade com genitalidade, pois esta é somente uma das possibilidades da vida sexual de uma pessoa – na idade adulta; ou seja, para ele, a sexualidade se manifestava em todas as fases da vida humana, inclusive a genital (FREUD, 1974). 
A educação sexual compreende todas as ações, deliberadas ou não, que se exercem sobre um indivíduo, desde o seu nascimento, com repercussão direta ou indireta sobre suas atitudes, comportamentos, opiniões, valores ligados à sexualidade. A educação sexual, num sentido amplo, processo global, não intencional, sempre existiu, em todas as civilizações, no decurso da história da humanidade, de maneira consciente ou não, com objetivos claros ou não, assumindo características variadas, segundo a época e as culturas (WEREBE, 1998, p.139).
Nesse sentido as propostas de orientação sexual, embora priorizem a informação,  não podem desmerecer a reflexão e o respeito ao contexto dos educandos, do educador e da sociedade em que eles estão inseridos. Não se ensina sobre sexualidade sem considerar sua contextualização e sem crítica aos padrões sociais impostos pela cultura. Qualquer intervenção educativa voltada às questões da sexualidade, deveria buscar o oferecimento de condições e meios para que o educando cresça interiormente (VITIELLO, 1995) e seja capaz de tornar-se um cidadão, capaz de escolher e viver sua sexualidade da melhor maneira possível respeitando o sentido de coletividade.
Indiscutivelmente somos todos ao mesmo tempo sujeitos e agentes da educação sexual (FIGUEIRÓ, 2006; WEREBE, 1998) e, na escola e na família, essa educação ocorrerá em várias mediações: por meio de informações, explicitas ou não, de regras e valores de conduta e moral, pelo contato com meios de comunicação de massas e pela imitação de modelos de conduta, pelas experiências pessoais relacionadas aos desejos e a sua frustração ou satisfação etc. É preciso sempre considerar essa diversidade de meios pelos quais a educação sexual ocorre independentemente de serem favoráveis ou não ao pleno desenvolvimento dos educandos (filhos).

Busque sempre conversar com seu filho para torná-lo um cidadão capaz de fazer suas escolhas afetivas, sexuais, profissionais entre outras ...e assim poder diferenciá-lo mediante as mais variadas situações existentes no decorrer de nossa vida.


Artigo retirado do site www.psicopedagogia.com.br 

domingo, 12 de junho de 2011

Afetividade no desempenho escolar

Aprender é um processo dinâmico e pessoal, complexo, que sofre tanto influências ambiental como do próprio sujeito que aprende. 
A afetividade tem bastante influência sobre o desenvolvimento intelectual. Para Piaget o desenvolvimento intelectual tem dois componentes: o cognitivo e o afetivo, um paralelo ao outro. Sendo assim, a auto-estima mantém uma estreita ligação com a motivação ou interesse da criança para aprender.É essencial que se promova uma participação efetiva do aluno no processo de aprendizagem e também propiciar oportunidades de prática para uma aprendizagem mais significativa no desenvolvimento da criatividade e da autoconfiança, para acontecer essa aprendizagem mais significativa é necessário que se disponha de material adequado, de conhecimento das estruturas cognitivas do aluno e de estimular a sua motivação.
São vários os fatores que dificultam a aprendizagem, dentre eles estão àqueles inerentes a própria criança, à escola, os familiares e o meio físico e social. Problemas físicos ou psíquicos agravam o quadro de desmotivação. A inadaptação ao ambiente escolar pode também ocasionar o desinteresse e as repetências sucessivas, além da baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento entre aluno e professor.

 A afetividade mais do que mola propulsora do aprendizado é o fator primordial, que define, que delimita os campos que o aluno irá trilhar durante o processo de cognição. E sendo assim, família e professores devem cultivar este sentimento para que a aprendizagem não se torne um fracasso.Na opinião de SOPELSA (1998): “é preciso ir além do cognitivo e avaliar a afetividade, à medida que são feitas estas propostas ao aluno e existe uma mudança no comportamento deste, pressupõe que esta acontecendo à aprendizagem”.

retirado do site www.psicopedagogia.com.br

domingo, 29 de maio de 2011

O que é TDAH - Transtorno Deficit Atenção e Hiperatividade

O  TDAH  (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é uma deficiência neurobiológica, de origem genética, que afeta de 3% a 5% de todas as crianças em idade escolar. Pode classificar-se em 4 sub-tipos: Tipo desatento, Tipo hiperativo, Tipo combinado e Tipo não-específico.
No Tipo desatento, a criança apresenta características como:
  • Distrai-se com facilidade,
  • Parece não ouvir,
  • Esquece atividades diárias,
  • Faz erros por descuido e não prestar atenção nos detalhes,
  • Desorganizado.
Já no Tipo hiperativo, a criança passa a apresentar as seguintes características:
  • Inquieta,
  • Não consegue parar sentado,
  • Sobe sempre nas coisas,
  • Fala sem parar,
  • Intromete-se e interrompe atividades alheias,
  • Não consegue esperar sua vez,
No Tipo combinado, por sua vez, a criança apresenta um conjunto dos dois subtipos: desatenção e hiperatividade.
E no Tipo não- específico, apresenta algumas características de ambos, mas não o suficiente para chegar-se num diagnóstico preciso, mas o suficiente para desequilibrar sua vida diária.
Em todas estas situações, a falta de um tratamento adequado pode vir a trazer grandes prejuízos na vida do portador.