sábado, 22 de janeiro de 2011

PSICOTERAPIA INFANTIL

A psicoterapia infantil visa auxiliar a criança quando algo não está bem no seu desenvolvimento emocional ou social. Na natureza, todas as estruturas em seu início de formação apresentam-se mais frágeis, tomando isso como verdadeiro também para o ser humano, a infância e adolescência são períodos de muitas transformações. A partir do processo terapêutico, o sujeito tem a possibilidade de ressignificar pensamentos e vivências, podendo descobrir outras maneiras de ver a realidade e formas de viver mais satisfatórias aos objetivos deste (Garcia, 2005).
A característica básica do brincar é relacionar-se consigo mesmo e com o outro. Isso se dá desde o nascimento, ou mesmo antes, e se prolonga na vida adulta. Assim, a incapacidade de brincar é um imenso prejuízo para pessoas de qualquer idade. Brincar, além de um exercício de criatividade, é também uma forma de lidar com os mais diversos sentimentos, podendo ser ansiedade do passado, do presente e do futuro (Winnicott, 1975).
Por meio da utilização de algumas técnicas, a criança pode experimentar-se como sendo ela mesma e, no relacionamento estabelecido em terapia, que é uma analogia à relação com os outros, pode "organizar" seus conflitos vivenciados internamente, aproveitando sua fase de desenvolvimento com mais tranquilidade. O processo psicoterapêutico permite à criança dar forma (traduzir) às imagens que refletem seu interior, sendo assim símbolos de seus sentimentos, percepções e imagens internas, muitas vezes indizíveis (Garcia, 2005). A psicoterapia infantil ocupa lugar privilegiado dentro do contexto clínico, pois a intervenção psicoterapêutica na infância pode fortalecer o ego infantil de forma a favorecer o enfrentamento do meio externo, a torná-la mais capaz de suportá-lo e até mesmo de modificá-lo ao seu favor.

Contribuição
Maricy Silvia N. Bozeda
Psicóloga / Psicopedagoga
CRP 06/ 57094-2

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