Quem viu o Big Brother Brasil no último dia 5 acompanhou uma demonstração de FOBIA. A participante Janaína desesperou-se ao ver um colega fantasiado.
Uma fobia é uma espécie particular de medo. Essa palavra vem do grego phobia; esta, por sua vez, deriva-se da palavra grega phobos, também nome de uma divindade grega, significando "pânico, terror", que incutia medo aos inimigos; daí os guerreiros dispunham de sua efígie nas armas.
Esse deus provocava, segundo a lenda, medo intenso em seus inimigos, pois sua face era terrivelmente feia.
A fobia é um dos distúrbios psicológicos mais extensamente pesquisados. O caso mais famoso é o relatado por Freud sobre o pequeno Hans, e sua fobia por cavalos. Outro caso igualmente famoso é o do pequeno Albert. Neste caso, em 1920, Watson e Raynier estabelecem a aquisição do medo por animais num garoto de 34 meses de vida. Mais tarde, em 1924, Mary Cover Jones trata de um garoto, chamado Peter, que tinha medo de coelhos; ela fez a abordagem pelo uso de um método precursor da dessensibilização sistemática (Wolpe, 1976). Wolpe e Salter, citados por Wolpe (1976), dão grande impulso ao diagnóstico e tratamento dos distúrbios que podem ser evitados. O primeiro explicita as fobias específicas e o segundo trata da não inclusão que é típica dos casos de fobia generalizada ou social.
A fobia é vista como uma forma especial de medo; ela apresenta as seguintes caraterísticas: 1) desproporção entre a emoção e a situação que a provoca; 2) medo sem explicação razoável; 3) ausência de controle voluntário; 4) tendência à evitar essa situação.
A diferença entre a fobia e a ansiedade, segundo Falcone (1995), é basicamente quantitativa, isto é, depende de quanto tempo dura o episódio de ansiedade, do quanto de ansiedade a pessoa experimenta, da freqüência em que esta ocorre, do nível em que o comportamento evitativo disfuncional é precipitado pela ansiedade e de como é a avaliação dada pela pessoa que está ansiosa.
Para entender o que se passa, é interessante lembrar de uma situação universal: você provavelmente, em algum tempo de sua vida, estava com outra pessoa, numa situação bastante agradável, e ao fundo tocava uma música. Agora, quando você ouve a música, lembra da situação. E se parar para pensar bem, não apenas lembra da situação, mas talvez sinta as mesmas sensações agradáveis. Para o cérebro, o fenômeno é o mesmo. Fortes emoções em geral ficam ligadas ao que acontece em volta. Em geral as fobias ocorrem quando a crise de pânico é desencadeada em situações que já são potencialmente perigosas. Por exemplo: nenhum animal (e nós somos animais, lembra-se?) gosta de ficar acuado ou perto de algum outro animal que possa lhe trazer riscos. Estar preso no trânsito, num elevador, num shopping é, para quem sofre de certos tipos de fobia, uma situação de "ficar acuado", sem saída. Por isso, muitos pacientes com pânico acabam desenvolvendo fobias a lugares fechados. |
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