domingo, 17 de julho de 2011

SEXUALIDADE...COMO ABORDAR ESTE TEMA COM NOSSOS FILHOS?

A sexualidade humana é um fenômeno complexo que tem sido interesse de vários pesquisadores em diferentes abordagens teóricas. 
Sexualidade e Sexo são fenômenos culturais na medida em que expressam as relações sociais e políticas que inevitavelmente medeiam o modo como as pessoas experienciam seus corpos, prazeres e desejos, incluindo o fato de que tais experiências são construídas em relação a determinadas idéias normativas (MOTTIER, 2008). Sexualidade não é um fenômeno exclusivamente biológico e não pode mais ser compreendida como um artefato apenas natural, pois, os animais fazem sexo, a partir de um impulso instintivo e inato, para a reprodução. Nós humanos, entretanto, vivemos o sexo na nossa sexualidade e, portanto, ele é uma questão cultural. Isto é, na medida em que os homens vivem numa sociedade, a sexualidade tem representações, simbolismos; ela torna-se um fato cultural e histórico. As crenças e os valores relativos à sexualidade variam segundo a cultura e o momento histórico (MAIA, 2006, p.9).
Foi Sigmund Freud quem, primeiramente, inseriu a noção de sexualidade num contexto diferente de sexo, quando deu à palavra sexualidade o sentido, de pulsão, libido, inerente a todo ser humano, desde o seu nascimento, ainda que sua gratificação  estivesse vinculada a zonas erógenas distintas ao longo do desenvolvimento: as fases oral, anal, fálica e a fase genital indicam as diferentes formas pelas quais a pulsão sexual se manifesta, culminando, na vida adulta, na reorganização do desenvolvimento psicossexual de acordo com as vicissitudes do desejo. 
Para Freud, portanto, a sexualidade tinha como base uma força pulsional que orientava fundamentalmente a estruturação da personalidade, o que significa que não deveríamos mais confundir sexualidade com genitalidade, pois esta é somente uma das possibilidades da vida sexual de uma pessoa – na idade adulta; ou seja, para ele, a sexualidade se manifestava em todas as fases da vida humana, inclusive a genital (FREUD, 1974). 
A educação sexual compreende todas as ações, deliberadas ou não, que se exercem sobre um indivíduo, desde o seu nascimento, com repercussão direta ou indireta sobre suas atitudes, comportamentos, opiniões, valores ligados à sexualidade. A educação sexual, num sentido amplo, processo global, não intencional, sempre existiu, em todas as civilizações, no decurso da história da humanidade, de maneira consciente ou não, com objetivos claros ou não, assumindo características variadas, segundo a época e as culturas (WEREBE, 1998, p.139).
Nesse sentido as propostas de orientação sexual, embora priorizem a informação,  não podem desmerecer a reflexão e o respeito ao contexto dos educandos, do educador e da sociedade em que eles estão inseridos. Não se ensina sobre sexualidade sem considerar sua contextualização e sem crítica aos padrões sociais impostos pela cultura. Qualquer intervenção educativa voltada às questões da sexualidade, deveria buscar o oferecimento de condições e meios para que o educando cresça interiormente (VITIELLO, 1995) e seja capaz de tornar-se um cidadão, capaz de escolher e viver sua sexualidade da melhor maneira possível respeitando o sentido de coletividade.
Indiscutivelmente somos todos ao mesmo tempo sujeitos e agentes da educação sexual (FIGUEIRÓ, 2006; WEREBE, 1998) e, na escola e na família, essa educação ocorrerá em várias mediações: por meio de informações, explicitas ou não, de regras e valores de conduta e moral, pelo contato com meios de comunicação de massas e pela imitação de modelos de conduta, pelas experiências pessoais relacionadas aos desejos e a sua frustração ou satisfação etc. É preciso sempre considerar essa diversidade de meios pelos quais a educação sexual ocorre independentemente de serem favoráveis ou não ao pleno desenvolvimento dos educandos (filhos).

Busque sempre conversar com seu filho para torná-lo um cidadão capaz de fazer suas escolhas afetivas, sexuais, profissionais entre outras ...e assim poder diferenciá-lo mediante as mais variadas situações existentes no decorrer de nossa vida.


Artigo retirado do site www.psicopedagogia.com.br 

Nenhum comentário:

Postar um comentário